quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Propaganda de Cerveja para mulheres

Tenho a certeza de que todas as mulheres estão de saco cheio de assistir às propagandas de cerveja que mostram apenas mulheres peitudas e bundudas, em trajes que servem para garotinhas de 10 anos.

Os publicitários têm que perceber que nós, mulheres, também bebemos uma cervejinha de vez em quando e, gostaríamos de ver mais criatividade nas propagandas.

Por isso, eu gostaria de saber como seria, para vocês, uma propaganda top de linha...daquelas de deixar a gente de boca aberta. Mandem as suas sugestões!!!

Saúde!!!!

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Uma Esperança


Aqui em casa pousou uma esperança. Não a clássica, que tantas vezes verifica-se ser ilusória, embora mesmo assim nos sustente sempre. Mas a outra, bem concreta e verde: o inseto.
Houve um grito abafado de um de meus filhos:

- Uma esperança! e na parede, bem em cima de sua cadeira! Emoção dele também que unia em uma só as duas esperanças, já tem idade para isso.
Antes surpresa minha: esperança é coisa secreta e costuma pousar diretamente em mim, sem ninguém saber, e não acima de minha cabeça numa parede. Pequeno rebuliço: mas era indubitável, lá estava ela, e mais magra e verde não poderia ser.

- Ela quase não tem corpo, queixei-me.

- Ela só tem alma, explicou meu filho e, como filhos são uma surpresa para nós, descobri com surpresa que ele falava das duas esperanças.

Ela caminhava devagar sobre os fiapos das longas pernas, por entre os quadros da parede. Três vezes tentou renitente uma saída entre dois quadros, três vezes teve que retroceder caminho. Custava a aprender.

- Ela é burrinha, comentou o menino.

- Sei disso, respondi um pouco trágica.

- Está agora procurando outro caminho, olhe, coitada, como ela hesita.

- Sei, é assim mesmo.

- Parece que esperança não tem olhos, mamãe, é guiada pelas antenas.

- Sei, continuei mais infeliz ainda.

Ali ficamos, não sei quanto tempo olhando. Vigiando-a como se vigiava na Grécia ou em Roma o começo de fogo do lar para que não se apagasse.

- Ela se esqueceu de que pode voar, mamãe, e pensa que só pode andar devagar assim.
Andava mesmo devagar - estaria por acaso ferida? Ah não, senão de um modo ou de outro escorreria sangue, tem sido sempre assim comigo.

Foi então que farejando o mundo que é comível, saiu de trás de um quadro uma aranha. Não uma aranha, mas me parecia "a" aranha. Andando pela sua teia invisível, parecia transladar-se maciamente no ar. Ela queria a esperança. Mas nós também queríamos e, oh! Deus, queríamos menos que comê-la. Meu filho foi buscar a vassoura. Eu disse fracamente, confusa, sem saber se chegara infelizmente a hora certa de perder a esperança:

- É que não se mata aranha, me disseram que traz sorte...

- Mas ela vai esmigalhar a esperança! respondeu o menino com ferocidade.

- Preciso falar com a empregada para limpar atrás dos quadros - falei sentindo a frase deslocada e ouvindo o certo cansaço que havia na minha voz. Depois devaneei um pouco de como eu seria sucinta e misteriosa com a empregada: eu lhe diria apenas: você faz o favor de facilitar o caminho da esperança.

O menino, morta a aranha, fez um trocadilho, com o inseto e a nossa esperança. Meu outro filho, que estava vendo televisão, ouviu e riu de prazer. Não havia dúvida: a esperança pousara em casa, alma e corpo.

Mas como é bonito o inseto: mais pousa que vive, é um esqueletinho verde, e tem uma forma tão delicada que isso explica por que eu, que gosto de pegar nas coisas, nunca tentei pegá-la.

Uma vez, aliás, agora é que me lembro, uma esperança bem menor que esta, pousara no meu braço. Não senti nada, de tão leve que era, foi só visualmente que tomei consciência de sua presença. Encabulei com a delicadeza. Eu não mexia o braço e pensei: "e essa agora? que devo fazer?"

Em verdade nada fiz. Fiquei extremamente quieta como se uma flor tivesse nascido em mim.

Depois não me lembro mais o que aconteceu. E, acho que não aconteceu nada.

Clarice Lispector
P.S. Eu AMO esse conto.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

O Ensaio sobre a Cegueira

Quem me conhece, sabe que eu sou apaixonada pelos livros do José Saramago, escritor português. Quem me conhece, sabe também que eu sou ultra ansiosa e vivo roendo as unhas por conta disso.

Pois bem, depois de esperar mais de 1 ano, finalmente, o filme O Ensaio sobre a Cegueira tem data marcada para ser exibido nas salas de cinema do país, 12 de setembro (uma sexta-feira). Com certeza, eu irei no primeiro dia.

A ansiedade é tanta que eu já pensei em reler o livro para o tempo passar mais rápido...hehehehehe.

Espero que o filme seja tão sensacional quanto o livro.

Depois eu escrevo sobre o filme no blog.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Felizes para sempre?

Todo mundo sabe que as princesas dos contos de fada sofrem. A coitada da Cinderela é explorada pela madrasta. A Bela Adormecida sofre com a inveja que a bruxa do espelho tem de sua inigualável beleza. A Branca de Neve é envenenada ao comer uma maçã aparentemente inofensiva e, a história se repete com todas essas garotas inofensivas, bondosas e à espera do príncipe encantado.

Apesar de todo o sofrimento e a luta incansável para ficar com os príncipes, elas sempre têm o apoio de uma fada madrinha. Quer ir ao baile minha querida? Um momento! Levantarei a minha varinha mágica e transformarei os seus trapos no vestido mais lindo do mundo. Não tem carruagem para ir e nem sabe que os ônibus, táxis, metrô e trem vão demorar alguns séculos para existir? Isso não é problema, transformarei abóboras e ratos em um belíssimo veículo puxado por cavalos de primeira. Não vai ter tempo de arrumar toda a casa e se preparar para o baile? A mágica resolve tudo num piscar de olhos, ou melhor, levantar de varinha.

É claro que toda essa mordomia tem as suas condições. À meia noite tudo volta a ser como antes.

Em nossas vidas de pobres donzelas mortais parece que as coisas acontecem após a meia noite. Não temos fadas madrinhas e beijamos os sapos na esperança de que se tornem príncipes. O nosso vestido é parcelado (às vezes, quase financiado), após percorrermos todas as liquidações da cidade. Os nossos sapatinhos não são de cristal e vivem arrebentados pelos buracos das calçadas.

Se não der tempo de arrumar a casa, a gente joga tudo dentro do guarda-roupa, lava a louça em 5 minutos, troca o lixo do banheiro, varre o chão o mais rápido possível e borrifa algum produto cheiroso no ar. Essa é a faxina da hora do desespero.

Paralela à faxina, a gente tira o buço com um creminho milagroso que age em 5 minutos, descolore os pêlos do corpo, hidrata o cabelo com os chamados kits de tratamento de choque, tira o excesso de cutículas com o removedor de cutículas e muda a cor dos cabelos com uma tinta que age em 20 minutos.

Se a barriga estiver maior do que a gente gostaria (ela quase sempre está), a gente coloca uma cinta e fica sem comer, respirar e sorrir a noite toda.

Se o bumbum não for como o da Carla Perez, a gente coloca uma calcinha de enchimento.

Se os seios estiverem caídos, a gente coloca um sutiã de sustentação máxima.

Se o cabelo estiver muito volumoso, a gente faz escova, chapinha e torce para não chover.

Se a pele estiver com espinhas, a gente enche o rosto de maquiagem. Ganhamos dois quilos extras só nessa fase.

Bom, agora a faxina está ótima (só não pode abrir a porta do guarda-roupa), os acessórios para disfarçar as imperfeições estão todos no lugar e, finalmente, podemos sair de casa à procura dos sapos, quer dizer, futuros príncipes. Só não pode respirar, tomar chuva, sorrir e comer para a cinta não arrebentar e o cabelo arrepiar.

Também tem que ter cuidado para não manchar o vestido e os sapatos financiados e beijar o sapo errado!

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Futebol Feminino em Pequim

Campeões não são feitos de medalhas. São feitos de garra, superação, luta, disciplina e amor ao que fazem. Essas qualidades vocês têm na medida exata e podem sentir orgulho por colocar o Brasil no pódio.

Parabéns campeãs brasileiras. Vocês arrasaram!

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Minha companhia

"Melhor par não me faria, eu e essa minha falta de companhia".

Uma vez, há muitos anos, li isso em uma agenda da Tribus e sempre que entro em conflito com alguém, essa frase me vem à cabeça.

Em muitas situações, nós somos as melhores companhias para nós mesmos.

sábado, 16 de agosto de 2008

A literatura, eu e a KILOMÉTRICA


Amanhã, finalmente, eu vou à Bienal do Livro, que acontece em São Paulo, no Centro de exposições Anhembi, até o dia 24 de agosto.

Minha PAIXÃO pela literatura começou muito cedo. Quando eu era criança e ainda não sabia ler, ficava extremamente incomodada ao ver outras crianças lendo. Não sei se era a vontade desesperadora de decifrar o maravilhoso mundo das palavras ou o meu lado competitivo já em ação.

Eu passava pelo centro da cidade onde morava, na época Americana, e ficava encantada com a quantidade de letras nas lojas, sacolas, folhetos, roupas, carros, legendas na televisão e cartazes de promoção.

Passava horas imaginando o que poderiam ser aquelas letras e os seus significados. Muitas vezes eu cheguei a criar significados para elas.

Quando comecei a estudar e descobrir as primeiras palavras, eu me sentia a criança mais feliz do mundo. Ao ler o primeiro livro sozinha (não recordo o título exato do livro, mas era a história de uma centopéia), eu chorava e ria ao mesmo tempo e é claro que contei, cheia de orgulho, para todas as pessoas que eu conhecia (já era uma profissional de marketing sem saber...hehehehe).

Algum tempo depois, a professora pediu para decorarmos uma "palavra grande" para escrevermos na lousa na semana seguinte. A palavra seria copiada por todos os coleguinhas da classe. Assim, a gente aprenderia muitas palavras novas na semana (muito criativa essa professora).

Não sei como, mas a palavra escolhida por mim foi KILOMÉTRICA. Acho que foi uma homenagem à minha primeia caneta (tem mulher que não esquece o primeiro sutiã. Eu não esqueci a minha primeira caneta). Passei a semana toda treinando a grafia dessa palavra para não errar na hora. No dia combinado pela professora eu mal conseguia prestar atenção às palavras das outras crianças, de tão ansiosa que estava.

Quando chegou a minha vez, fui à lousa e escrevi KILOMÉTRICA com a letra bem caprichada e grande, para que todos vissem a MINHA PALAVRA!

Hoje, percebo que KILOMÉTRICA é a minha vontade de aprender, descobrir fatos, coisas, pessoas, lugares, livros, músicas, filmes e o quanto a vida é cheia de possibilidades.

KILOMÉTRICA também é a nossa capacidade de superar os obstáculos, independente de quantos apareçam nas nossas vidas. Parece até um jogo de última geração, quanto mais obstáculos a gente supera, mais pontos ganha da vida.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Open your eyes

Eu amo a intensidade e velocidade dessa música.

Snow Patrol
All this feels strange and untrue
And I won't waste a minute without you
My bones ache, my skin feels cold
And I'm getting so tired and so old
The anger swells in my guts
And I won't feel these slices and cuts
I want so much to open your eyes
Cos I need you to look into mine
Tell me that you'll open your eyes x4
Get up, get out, get away from these liars
Cos they don't get your soul or your fire
Take my hand, knot your fingers through mine
And we'll walk from this dark room for the last time
Every minute from this minute now
We can do what we like anywhere
I want so much to open your eyes
Cos I need you to look into mine
Tell me that you'll open your eyes x8
All this feels strange and untrue
And I won't waste a minute without you

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Mudança

Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos. (Fernando Pessoa)

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Beijando na boca pela primeira vez...


Eu acabei de ouvir a música que estava tocando quando eu dei o meu primeiro beijo na boca.

Depois de 14 anos, eu ainda tenho lembranças frescas, quase reais desse momento. Eu era uma adolescente inocente, sem vaidade e ainda brincava de boneca.

Olha que lindo o look que eu usava no dia: camiseta bege do pateta, bermuda bege, sapatilha dourada (super fashion), muito pó nas orelhas para curar um machucado por tê-las furado com agulha de costura, gelo e rosca de vinho, no consultório odontológico do pai de uma amiga. Para o furo não fechar, eu coloquei linha de costura....quanta loucura, né?

Além das orelhas lindas, meu cabelo estava curtíssimo porque a mesma amiga do furo na orelha "testou" o corte da moda na minha cabeça e detonou o cabelão que eu tinha até a cintura. Fiquei sem a franjona e como o corte estava horrível, optei por cortar todo o cabelo....ainda bem que cresceu!

Voltado à história do beijo, o dono da boca que eu beijei a primeira vez era meu vizinho e tinha três anos há mais que eu (16 e 19). Ele também tinha uma kombi ultra velha, também bege, para fazer a combinação tom sobre tom com a minha roupa. Nós passeamos a tarde toda ao som de muita música techno.

Fomos a uma sorveteria, eu lambuzei toda a minha roupa com sorvete de chocolate (de tanta vergonha que estava do garoto) e conversamos sobre a vida. No final do dia, começou uma chuva fortíssima e ficamos conversando dentro da "komboza", até chegar aquele momento que não tínhamos mais o que conversar.

Ele começou a me encarar e se aproximar do meu rosto. Eu estava um pimentão e só pensava:"Meu Deus, ele vai me beijar!!! Será que o certo é fazer como eu treinei nas laranjas? Será que eu coloco a língua? Será que eu vou babar? Será que ele tem bafo? Será que eu vou conseguir? Será que ele vai gostar? Será que ele vai perceber que é o meu primeiro beijo? Será...será...será?

Em 3 segundos, trezentos bilhões de serás passaram pela minha cabeça, até que ele me beijou....

Eu não sabia o que fazer com as mãos, língua, saliva e batidas do coração. Eu só não queria ter que olhar para a cara dele depois do beijo....o que eu diria? Como deveria reagir após o beijo?

Aí veio o pior. Veio à minha mente o que uma amiga havia dito: - Depois do primeiro beijo, a gente fica MUITO vermelha....é a timidez. Imediatamente, eu parei o beijo no meio e enfiei a cara no espelho para ver a cor das minhas bochechas. Não é que estavam vernelhas?

O garoto achou estranho e perguntou o que tinha acontecido e eu, ultra inocente, respondi: - Eu queria ter certeza de que ao dar o primeiro beijo a bochecha da gente ficava vermelha!!!!!!

Namoramos por dois anos e, hoje, ao ouvir a música, dou muita risada dessa situação!

Beijos para vocês. Não na boca, é claro!!!

Obs: Segue a letra da música

Garotos II - O Outro Lado
Leoni

Seus olhos e seus olhares
Milhares de tentações
Meninas são tão mulheres
Seus truques e confusões
Se espalham pelos pêlos
Boca e cabelo
Peitos e poses e apelos
Me agarram pelas pernas
Certas mulheres como você
Me levam sempre onde querem
Garotos não resistemAos seus mistérios
Garotos nunca dizem não
Garotos como euSempre tão espertos
Perto de uma mulher
São só garotos
Seus dentes e seus sorrisos
Mastigam meu corpo e juízo
Devoram os meus sentidos
Eu já não me importo comigo
Então são mãos e braços
Beijos e abraços
Pele, barriga e seus laços
São armadilhas e eunão sei o que faço
Aqui de palhaço
Seguindo seus passos
Garotos não resistem
Aos seus mistérios
Garotos nunca dizem não
Garotos como eu sempre tão espertos
Perto de uma mulher
São só garotos....São só garotos....
Se espalham pelos pêlos
Boca e cabeloPeitos e poses e apelos
Me agarram pelas pernas
Certas mulheres como você
Me levam sempre onde querem
Garotos não resistem
Aos seus mistérios
Garotos nunca dizem não
Garotos como eu
Sempre tão espertos
Perto de uma mulher
Garotos não resistem
Aos seus mistérios
Garotos nunca dizem não
Garotos como eu
Sempre tão espertos
Perto de uma mulher
São só garotos...
Perto de uma mulher
São só garotos...
Perto de uma mulherSão só ... garotos...

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Para olhar e suspirar


Como disse uma amiga, ele é para a gente olhar e suspirar!
Não é preciso dizer mais nada.
Ai...ai...ai...